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História

Séc. XVI

1579, 15 de julho – fundação da Santa Casa da Misericórdia de Esposende.

Curar os enfermos é uma das obras de misericórdia que integram os estatutos desta instituição e foi, sem dúvida, uma das obras mais praticadas pela Misericórdia de Esposende desde a sua fundação.

A Santa Casa da Misericórdia de Esposende, desde finais do séc. XVI, possuía uma infraestrutura para poder praticar esta obra de misericórdia corporal.

Deliberações da Mesa da Santa e Real Casa da Misericórdia de Esposende, relativas a obras de conserto ou reparação para conforto dos doentes, fazem referência à existência de um hospital.

Este espaço serviria, para além dos cuidados médicos indispensáveis, para a recolha de mendigos e peregrinos. 

Séc. XVII

O P.e A. Carvalho da Costa referia que “Tem (Esposende) Hospital & Casa da Misericordia, não muy rendosas”.

Séc. XVIII

Em inquérito enviado ao Desembargador da cidade de Braga, Francisco Fernandes Coelho, o pároco de Esposende, P.e Manoel Velho da Costa, afirmava que a Misericórdia não tem hospital de enfermos, mas um outro que serve de abrigo aos peregrinos e passageiros.

Séc. XIX

1850, 16 de maio – a Santa Casa da Misericórdia de Esposende acorda requerer a comutação dos Legados ao Núncio Apostólico e iniciar a construção de um Hospital.

1863, 15 de outubro – Manoel Pedro da Silva determinava, através de testamento, a doação à Santa Casa da Misericórdia de Esposende de edifício para instalação do novo hospital.

1871, 5 de janeiro – é aprovado o Regulamento do Hospital de S. Manuel, assim chamado em homenagem a Manoel Pedro da Silva.

O novo hospital, possuía duas enfermarias: a de S. José – para os homens e a de Nossa Senhora das Dores – para as mulheres. Possuía ainda salas para se recolherem e tratarem pessoas que o pudessem fazer à sua custa.

Destinava-se o novo hospital aos parentes pobres do benfeitor, aos Irmãos da Misericórdia, aos enfermos miseráveis, que não sendo Irmãos, pertençam contudo às freguesias do concelho de Esposende e a quaisquer outros enfermos pobres e miseráveis.

Séc. XX

No início deste século a Misericórdia reconhece a necessidade de um novo edifício para o seu hospital.

1910, abril – António Rodrigues Alves de Faria doa uma verba de 1.000.000 de reis para ser aplicado nas obras do velho hospital de Sam Manoel.

1910, 9 de maio – era criada uma Comissão, encabeçada por Valentim Ribeiro da Fonseca, ‘encarregada de levar a efeito diversas obras necessárias e urgentes no Hospital de S. Manoel’. Este grupo de cavalheiros ficou com a ‘nobre e altíssima missão’ de implorar donativos, não só em Esposende, mas em todo o país e ‘na nossa segunda pátria – o Brasil’. Posteriormente haveria de concluir-se pela construção de um novo hospital, trabalhando esta comissão nesse novo projeto.

1910, 18 de setembro – cerimónia de homenagem, no Hospital S. Manuel, a Valentim Ribeiro, Campos Moraes e António Rodrigues Alves de Faria com a inauguração dos quadros destes beneméritos, que ficariam expostos nas enfermarias deste hospital.

1912, março – noticiavam os jornais da época que as obras de pedreiro do novo hospital haviam sido arrematadas, através de concurso público, por 5:320$000 reis, pelo senhor António José Vieira da Silva, de Viana do Castelo.

1912, 8 de julho – principiaram as obras de pedreiro do novo hospital.

1914, abril – realização, no Teatro Club de Esposende, de um espetáculo em benefício do novo hospital. Este espetáculo esteve a cargo do grupo cénico Grémio Prosperidade do Candal, de Vila Nova de Gaia. Foram à cena o drama “Os Filhos da Miséria” e a comédia “Tabelião em Pancas”. No intervalo procedeu-se ao sorteio de um quadro, cujos bilhetes esgotaram e mais contribuíram para o aumento da receita desta obra de benemerência.

1916, 2 de julho – inauguração do novo hospital, cujo projeto é da autoria do arquitecto Miguel Ventura Terra.

1920, março – por alturas da Semana Santa o Hospital de Esposende serviu 100 jantares aos pobres da vila de Esposende.

1920, 23 de agosto – foi inaugurado o Balneário do Hospital da Misericórdia de Esposende, que possuía as seguintes aplicações terapêuticas: duches, banhos de imersão e simples e medicamentosos.

1921, 3 de julho – homenagem ao benfeitor António Rodrigues de Faria, com o descerrar de uma lápide.

1929, agosto – a “Mesa do Hospital e Misericórdia” deliberou, por unanimidade, atribuir ao Hospital de Esposende o nome do seu maior benemérito, passando a partir desta data a denominar-se Hospital Valentim Ribeiro.

1975, 11 de novembro – através do Decreto-Lei nº 618/75, o Hospital Valentim Ribeiro tornou-se hospital concelhio (estabelecimento de saúde “oficializado”), administrado pela Misericórdia, funcionando como complementaridade da atividade hospitalar do Estado.

1995 – reabriu este hospital, após o seu encerramento temporário por falta de condições de funcionamento (ainda sobre propriedade do Estado), já nas mãos da SCME.

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