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O que é?

É um meio complementar de diagnóstico, realizado por médico, ajudado por enfermeira, que consiste na introdução de um tubo fino e flexível através da boca, que dispõe de um sistema de luz e imagem orientável pelo médico, que permite a observação direta do esófago, estômago e duodeno.

O instrumento dispõe de um canal de trabalho, através do qual podem ser introduzidos múltiplos tipos de instrumentos, que permitem a recolha de fragmentos da mucosa (biópsias), remoção de pólipos (polipectomias) ou outros gestos terapêuticos. Todo o material recolhido vai para análise histológica.

Principais indicações

Dor ou ardência no estômago ou atrás do peito, digestões difíceis, vómitos, dificuldade a engolir, presença de sangue escuro nas fezes, dores na parte alta do abdómen de causa não esclarecida, alterações do estado geral, vigilância de doentes submetidos previamente a polipectomias, ou cirurgia esófago-gastroduodenal e rastreio do cancro esófago-gástrico.

Preparação para o exame

Sendo um exame de observação direta das paredes do esófago, estômago e duodeno, é absolutamente imprescindível que este esteja completamente vazio, sob pena de o exame não poder ser realizado, ou de condicionar a sua eficácia, já que por baixo de resíduos alimentares poderão existir lesões que o examinador, naturalmente, não poderá identificar.

Para evitar uma má preparação, não deve comer, nem beber nas 6h anteriores à da marcação do exame. Se tiver necessidade de tomar comprimidos, poderá fazê-lo com um pouco de água, até três horas antes do exame, exceto anti-diabéticos orais. Se for diabético, para minorar o jejum prolongado, pode “chupar” qualquer tipo de rebuçados.

O exame

Deve informar o médico de alergias que tenha, de todas as medicações que faça e das cirurgias abdominais a que tenha sido submetido/a.

O exame é realizado com o doente deitado e virado para o seu lado esquerdo e, se não houver atos terapêuticos, não demora, em média, mais de 2 a 3 minutos. O exame é indolor e não lhe faltará o ar. O aparelho é introduzido no canal da comida e não no da respiração. Após aplicação de um anestésico, em “spray”, na garganta, é-lhe colocado um bucal, por onde vai passar o endoscópio, o qual deve segurar com os lábios.

De seguida, o médico introduz-lhe pela boca o endoscópio e comanda-o.

Vai sentir uma ligeira impressão na garganta à passagem do aparelho e, a solicitação do médico, deve engolir e em seguida respirar fundo, tranquila e continuadamente. Mantenha-se relaxado. Para encher o esófago, estômago e duodeno e permitir a visualização é necessária a introdução de ar. Daí, pode resultar ligeira distensão abdominal. Deve evitar arrotar.

A realização de biópsias, se necessárias, não é dolorosa.

Após o exame, pode sentir o estômago distendido e algum incómodo na garganta (encortiçada) que, em geral, passa ao fim de cerca de 15 minutos, ao fim dos quais já pode comer, embora com alguma cautela com os alimentos mais quentes, pois com a anestesia que teve na garganta, pode ainda não ter uma correta perceção da mesma.

Se o exame for feito sob anestesia ou sedação, ser-lhe-ão administrados, através de veia, medicamentos que causam sonolência, alteram os reflexos e o estado de consciência e contra-indicam condução automóvel nas 6h seguintes. Deve, pois, fazer-se acompanhar por alguém da sua confiança.

Riscos do exame

A endoscopia digestiva alta de diagnóstico é um exame muito seguro, sendo excecionais as complicações. Procedimentos terapêuticos como a polipectomia, têm riscos acrescidos, sendo a hemorragia e a perfuração as complicações potenciais mais graves. Este tipo de complicações pode obrigar a internamento em estabelecimento hospitalar, transfusões de sangue e, mais raramente, a cirurgia urgente.

A anestesia ou a sedação podem ter outro tipo de complicações, como alergias medicamentosas, flebite no local das injeções, hipotensão e raramente paragem cardio-respiratória.

 

 

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